Sua empresa está preparada para viver grandes transformações? O mundo vive, principalmente nos últimos três anos, mudanças velozes e intensas. E isso faz com que pessoas, organizações e culturas encontrem alternativas para não ficar para trás.
Às empresas que possuem a capacidade de rápida adaptação às mudanças do mercado e do ambiente em que atuam, damos o nome de organizações ágeis. Acima de tudo, elas possuem uma cultura de trabalho que valoriza a inovação, a colaboração, a experimentação e a aprendizagem contínua.
Diante de uma pandemia que pausou o mundo e exigiu uma boa dose de resiliência de todos os setores, o que temos hoje são muitas empresas tentando adotar a agilidade, para não perder competitividade.
Uma pesquisa da McKinsey à época da pandemia apontou que 70% dos entrevistados estão se transformando em ágil, mas mudar a cultura organizacional e as formas de trabalhar é o maior desafio.
Seguidos desse, ainda foram apontados como desafios: falta de liderança e talento, estabelecer uma visão clara e um plano de implementação, recursos insuficientes e a superação de gargalos tecnológicos.
O cenário dos últimos anos acelerou a mudança nas organizações para o método ágil. Outra pesquisa realizada pela McKinsey apontou que as organizações que não adotam o trabalho ágil podem perder os benefícios de velocidade e resiliência necessários a um cenário de normalidade.
Mas o que é uma organização ágil? Como se tornar uma? Vamos explicar melhor a seguir.
O que muda em uma organização ágil?
Essencialmente, a nível empresarial, a agilidade envolve estratégia, estruturas, processos, pessoas e tecnologia, com foco em um novo modelo operacional.
O modelo ágil provoca transformações profundas para a organização, constrói equipes multifuncionais de alto desempenho e a oportunidade de organizações obterem vantagens competitivas diante de um novo modo de se relacionar.
Com a transformação ágil, é possível identificar ganhos de 30% em eficiência, satisfação do cliente, envolvimento dos funcionários e desempenho operacional.
Essa mudança mostra-se como uma vantagem competitiva, pois apresenta uma chance maior de alcançar um modelo operacional mais maduro em todas as dimensões.
Uma organização ágil e competitiva consegue se antecipar e oferecer respostas rápidas e eficazes para as demandas e expectativas dos seus clientes e, por isso, conquistam relevância no mercado.
Como tornar uma organização ágil?
As empresas que trabalham com agilidade possuem uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, já que conseguem se reinventar e se adaptar de forma mais rápida ao que é necessário para o momento.
Mas de que maneira uma organização pode ser considerada ágil? Vamos listar a seguir alguns passos que devem ser seguidos por quem deseja conquistar a agilidade nos negócios.
- Os líderes da organização precisam assumir a mudança. Sendo assim, é preciso que todos dominem os conceitos para que possam liderar esse processo.
- A cultura ágil cria valor para a organização, por isso, certifique-se regularmente de que tudo está sendo feito de maneira estruturada.
- Uma visão clara sobre o que se deseja alcançar é essencial para que todos estejam alinhados sobre os objetivos da empresa.
- Colaboração, abertura a mudanças e aprendizado contínuo são abordagens para se adotar uma mentalidade ágil, que é a base para uma cultura ágil.
- A autonomia das equipes é uma parte importante desse processo, pois elas devem estar aptas a tomar decisões e assumir a responsabilidade pelos resultados.
- Avaliação regular do desempenho. Em uma organização ágil, não é possível mais aceitar dados desatualizados sobre a implementação dos processos. Por isso, é necessário fazer avaliações regulares para garantir que a organização está no caminho certo para o seu objetivo.
- Adote a metodologia que auxilie as equipes a trabalharem de forma mais eficiente.
- Cada organização é única, por isso, deve entender a sua cultura atual e criar suas metas que vão fazê-la alcançar a agilidade.
- O trabalho ágil é um processo contínuo, que não deve ter validade. Esse é um desafio para grande parte das organizações, daí entendemos porque a grande maioria não consegue se aprofundar nessa transformação.
Hoje, apenas 8% das empresas pesquisadas são ‘Reinventors’, que estabelecem uma nova fronteira de desempenho para si mesmas e, na maioria dos casos, para seus setores. Sua transformação está centrada em um forte núcleo digital e novas formas de trabalho que ajudam a otimizar as operações e impulsionar o crescimento.
Enquanto isso, a grande maioria das empresas (86%) se concentra em transformar partes de seus negócios e trata a transformação como um programa finito, e não como um processo contínuo. A Accenture chama isso de ‘Transformers’.
Os 6% restantes das empresas são ‘Optimizers’. Essas se concentram em transformações funcionais limitadas em escopo e ambição – a tecnologia não é um facilitador significativo de suas transformações.
A agilidade tornou-se uma excelente força impulsionadora do desempenho e vantagem competitiva frente às empresas não ágeis.
Se está em busca desse caminho, lembramos que essa não é uma transformação completa. Escolha qual modelo operacional será modificado e inicie a jornada em busca de competitividade e autonomia. E lembre-se: a mudança para uma cultura ágil é uma jornada contínua, pois sempre há o que se avaliar, mensurar e adaptar.