O mundo inteiro acompanhou, nos últimos meses, o escândalo envolvendo a Americanas. O caso ganhou repercussão, agitou o mercado financeiro e deixou um rastro de dívidas e dúvidas sobre os impactos da crise para todos os envolvidos.
As inconsistências contábeis registradas pela empresa, que já somam mais de R$ 40 bilhões, acenderam um alerta, para lembrar da necessidade de acompanhar de perto todos os setores estratégicos da empresa, além de sua cadeia de suprimentos – independentemente do tamanho da companhia.
Se você quer entender mais sobre esse caso e descobrir quais são as soluções que podem poupar sua empresa de viver uma situação semelhante, vem com a gente e siga lendo esse conteúdo.
O que aconteceu no caso Americanas?
Em uma divulgação de fato relevante, a Americanas informou que havia identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões. Ou seja, o valor constava nos balanços da empresa, mas não havia sido registrado de forma apropriada.
Segundo o ex-presidente da Americanas, o problema se originou nas operações de risco sacado, uma linha de crédito que envolve a empresa, seus fornecedores e uma instituição financeira.
Nessa operação, a companhia pede ao banco para realizar o pagamento de uma compra ao fornecedor. Dessa forma, o banco quita o contrato em nome da companhia, que passa a ter uma dívida com o banco (e aqui correm os juros inerentes dessa relação).
De acordo com o que foi apresentado, a Americanas fez a contratação do risco sacado, mas as operações não foram registradas como tal nos balanços contábeis, subestimando o grau de endividamento da empresa.
Uma semana após o estouro dessa bomba fiscal, a Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial, o quarto maior da história do país.
Diante dessas informações, a pergunta que fica no ar é: seria possível evitar uma situação como essa? Se sim, como? Usar a tecnologia como aliada é uma forma de viabilizar a análise de risco na cadeia de fornecimento.
Voltando apenas pouco tempo na história, é possível perceber que o caso da Americanas não foi um fato isolado. Trouxemos outros exemplos de empresas que passaram por situação semelhante.
Outros casos
IRB
A Americanas passou a ser apelidada de ‘novo IRB’, após divulgar as suas inconsistências financeiras. Em 2020, a Squadra, gestora de peso no mercado, apontou a possibilidade de queda das ações, por ver uma disparidade entre o lucro contábil e o lucro normalizado da empresa.
Uma crise de credibilidade fez com que processos fossem abertos para investigar possíveis irregularidades, quando descobriu-se uma fraude de R$ 60 milhões em bônus pagos a executivos.
As ações da empresa caíram mais de 80% e, desde então, o IRB vive um processo de recuperação judicial e prejuízos milionários.
Fato curioso é que a empresa que auditava os balanços do IRB foi a mesma que aprovou sem ressalvas as demonstrações financeiras da Americanas antes de se descobrir as inconsistências.
Banco Panamericano
Em 2011, o Banco Panamericano descobriu irregularidades em seus balanços do ano anterior, gerando um prejuízo de mais de R$ 4 bilhões.
O Banco Central participou da investigação e chegou à conclusão de que a empresa de auditoria falhou no caso.
Grupo Itapemirim
Após seis anos de recuperação judicial, a justiça decretou a falência da empresa no ano passado, com dívidas que chegam a quase R$ 3 bilhões.
Das situações vividas nesse período, uma bastante repercutida foi a autorização concedida à companhia, mesmo em recuperação judicial, para montar uma empresa do setor aéreo.
Entre acusações de atrasos de salário e outros direitos do trabalhador, a companhia ficou em atividade por 5 meses, até cancelar subitamente seus voos, deixando os passageiros sem atendimento.
Agora, como evitar que uma possível crise bata na porta da sua empresa?
Soluções para gerenciar a carteira de fornecedores
No planejamento de riscos e gestão estratégica da empresa, o melhor caminho é utilizar o melhor da tecnologia para alcançar um monitoramento e tomada de decisão com base em dados.
A transparência e a segurança de dados externos automatizados evitam que vieses direcionem o caminho a ser seguido – o que pode gerar conflitos de interesses internos, impactando os processos de produção, vendas e até mesmo a marca.
Neste contexto, as plataformas de gestão de dados, avaliações de riscos e inteligência de negócios surgem como uma ótima alternativa para corporações que buscam uma fonte de dados confiáveis, externa à instituição, que seja automaticamente alimentada e facilite as decisões a serem tomadas pelos diversos times.
Na CIAL Dun & Bradstreet, o Supplier+ permite a padronização e automatização do processo de gerenciamento de riscos de fornecimento. É uma solução de integração, seleção e monitoramento de toda a cadeia, que acelera a tomada de decisões enquanto reduz custos e riscos.
Entre as funcionalidades, destacamos:
- Gestão de dados
Por meio da verificação de ID, com o Número D-U-N-S como identificador global, é possível que as equipes de compras mantenham um mestre de fornecedores limpo e preciso, com total visibilidade de com quem negociam.
- Gestão de fluxo de trabalho
A integração de fornecedores e a automatização de processos manuais melhoram a comunicação entre os departamentos da empresa.
- Seleção e avaliação de risco
Automatize a avaliação de riscos e aproveite os dados de fornecedores, da seleção e da CIAL. Assim você acelera a verificação de due diligence.
- Monitorar e visualizar riscos
A ferramenta permite que você monitore toda a sua carteira de fornecedores de forma simples e robusta, com indicadores e análises líderes do setor para obter uma visão mais abrangente dos seus riscos.
Com o Supplier+, você assume o controle da sua relação com os fornecedores e evita que outras pessoas coloquem os seus negócios em risco.
É importante destacar a relevância de possuir grandes empresas em sua cadeia de fornecedores, mas todas elas devem ser acompanhadas de perto, com muita atenção e responsabilidade.
Inconsistências, falhas na fiscalização e controle, crises diversas e recuperações judiciais unem as histórias, demonstrando que rombos milionários podem acontecer mesmo com contas auditadas e fiscalizadas.
Para garantir mais segurança nesse processo, apoiar-se na tecnologia e no uso dos dados faz cada vez mais sentido, como forma de evitar a surpresa de números omitidos ou registrados erroneamente.