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  • Poucos setores organizacionais sofreram um aumento da complexidade em suas operações tão transformador na última década como o Supply Chain. A gestão de Compras e administração de suprimentos passou por uma verdadeira revolução, de diferentes naturezas, que ampliou os desafios enfrentados hoje pelos líderes e equipes da área. 

    Guerra no Leste Europeu, as políticas de zero Covid da China e a globalização das operações são apenas alguns exemplos de incertezas e agitação rondam o dia-a-dia dos gestores de suprimentos que precisam lidar cotidianamente com a administração das oscilações. 

    E, ao que tudo indica, as dificuldades continuam a influenciar o cenário neste ano de 2023, que chega trazendo uma nova necessidade:  não mais se adaptar aos riscos, mas se sobressair a eles.

    As turbulências já devem ter preparado as melhores gestões de suprimentos para seguir um caminho de diferencial a partir daqui e nele encontramos processos de gestão de fornecedores mais estratégicos e focados, além de um plano de ação que bombeia sangue novo na Supply Chain.

    Gestão de Fornecedores estratégica

    Foi-se o tempo em que preços baixos eram o maior fator de competitividade na escolha de fornecedores para uma empresa. As possibilidades cada vez mais críticas de desabastecimento, desgaste da imagem e impacto financeiro irreversível impuseram mudanças de mentalidade e processos nas equipes de suprimentos.

    A onda agora é ter um padrão bem estabelecido de governança de suprimentos para mitigação de riscos, que facilite a operação das cadeias de valor, é um primeiro passo estratégico para responder rapidamente às oscilações do mercado e gerenciar o conjunto de fatores globais e locais que podem impactar a Supply Chain.

    A partir do momento em que se estabelece um plano de ação, qualquer ação fora dele passa a ser uma ameaça para a estratégia da empresa e um desgaste para as áreas envolvidas. A falta de um planejamento claro de processos, cadastros de fornecedores às pressas, pedidos de última hora, atividades que sobrecarregam funções que deveriam ter outras prioridades… Tudo que foge do padrão de governança de fornecedores se torna um ponto de pressão, que pode explodir e atrasar toda a empresa. Por isso, não basta mudar processos: é necessária uma mudança de mentalidade, adesão das chefias, treinamento e investimento. 

    Mas, como pontuamos anteriormente, essa mudança já deveria pelo menos estar em curso nas empresas que estão preocupadas em manter a resiliência de sua rede logística para impulsionar seu sucesso, diante da nova realidade. O momento é de se organizar, olhar para frente e injetar vigor no processo de Supply Chain.

    Um passo à frente

    Com o entendimento da nova mentalidade e um plano de ação estratégico bem fundamentado, é essencial estar atento às tendências, para que as decisões sejam pautadas no futuro e não mais no sufoco, cada vez mais assertivas e eficientes. Se em 2022 as empresas correram atrás da Transformação Digital, esse será o ano da consolidação entre operação e tecnologia, funcionando e mudando a realidade das ferramentas de trabalho, de fato. 

    Ao se tornar mais otimizada, integrada e ágil, compartilhando informações de forma eficiente entre todos os envolvidos no ecossistema logístico, a cadeia de suprimentos passa a ser o diferencial na entrega de melhores vendas e melhores produtos.

    Os processos de integração de grandes corporações ainda são marcados por muita informação e pouca inteligência desenvolvida pelas empresas. Troca excessiva de e-mails, pilhas de papelada, uma infinidade de documentos e informações críticas sendo manipuladas em planilhas são apenas alguns dos processos manuais e ineficazes que resistem na gestão de suprimentos.

    O trabalho que poderia ser estratégico continua extremamente operacional, sobrecarregando as equipes, desgastando o relacionamento com parceiros e atrasando a tomada de decisões, em um mundo onde a velocidade e a assertividade são primordiais para fechar negócios. Um mapeamento planejado e ágil por meio de plataformas de gerenciamento tornaria todo o processo mais objetivo.

    Com a mitigação de riscos facilitada tanto pela estruturação dos processos quanto pela tecnologia, a gestão de fornecedores ganha fôlego para ir em busca dos diferenciais que colocam a empresa um passo à frente: fornecedores alinhados aos temas ESG, que tragam um fator sustentável para os produtos, que garantam um posicionamento social em acordo com as exigências das novas gerações, que sejam confiáveis, com bom custo benefício e qualidade.

    A partir de todo este cenário, é possível vislumbrar um futuro ainda mais estratégico e otimista para a Supply Chain de empresas que verdadeiramente investirem na gestão de fornecedores esse ano.

    O que se espera, ao final, é uma maior eficiência, melhorada pela tecnologia, acompanhada de insights mais ricos com base em dados confiáveis que alimentem equipes estratégicas.