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  • A competitividade entre empresas de alto nível força a busca por estratégias inovadoras que melhorem a experiência dos clientes e otimizem o trabalho dos colaboradores, fazendo com que essas organizações se diferenciem no mercado.

    Para alcançar esse objetivo, muitos executivos estão fazendo mudanças incrementais em suas operações, principalmente em relação a sistemas, processos e capacidades de gestão de serviços, de acordo com relatório da Accenture. Dados da pesquisa revelam que aplicar inteligência operacional baseada em tecnologia resulta em maior rentabilidade para o negócio.

    Esse fator, em setores que trabalham com gerenciamento de riscos, é ainda mais relevante. Implantar soluções para capacitar a tomada de decisão tem se tornado uma vantagem competitiva à medida que decisões de negócio baseadas em dados podem alavancar o sucesso da organização, gerando mais agilidade, visão ampla dos processos e redução de custos para 70% das empresas, indica pesquisa do Gartner.

    Chamaria atenção aqui para um ponto. Tornar o processo de tomada de decisão sustentável nem sempre é fácil. Depende da coleta de quantidade e qualidade certas de informações e contribuições das partes interessadas para resultar em uma decisão bem informada e, portanto, confiável.

    James Davies, Vice-Presidente Executivo de Produto da consultoria i-nexus, fez uma declaração, recentemente muito coerente ao modelo atual de business decision.

    “Decisões de negócios rápidas e inteligentes em estratégias de alto nível para problemas operacionais diários são essenciais, mas a adoção das tecnologias certas para apoiar os diferentes tipos de tomada de decisão é fundamental para seu sucesso”.

    Como transformar decisões de negócios em vantagem competitiva?

    É compreensível que a decisão de negócio tenha se tornado uma entrega. Com a capacidade de disponibilizar informações rápidas e precisas, a fim de tornar as empresas autossuficientes ao saber, por exemplo, a qualidade de um fornecedor que integra a sua cadeia produtiva, o chamado business decisioning entrou definitivamente no radar das corporações.

    E esse ativo é algo pelo que executivos seniores lutam há anos, segundo insights do Gartner. Muitas decisões de negócios dependem fortemente de dados e modelos analíticos projetados para o status quo. Quando o contexto muda, fica difícil que os relatórios forneçam todas as informações necessárias.

    Evidentemente, nem tudo que se decide no dia a dia da empresa precisa ser pautado por dados e análises complexas. Entretanto, é um grande diferencial competitivo aplicar esse processo às decisões mais importantes e de maior impacto, principalmente as estratégicas que dificilmente podem ser tomadas com eficiência a partir de abordagens tradicionais.

    A boa notícia é que as empresas mostram-se hoje dispostas a investir na capacidade de tomar decisões seguras. Imagine o peso para uma organização financeira, por exemplo, ter a tranquilidade de saber que seus fornecedores, ou empresas a quem emprestaram dinheiro, têm saúde adequada em seus balanços para cumprir com seus compromissos financeiros.

    É claro que, apesar dos dados adicionarem inteligência ao processo de decisão, o digital não dispensa análises humanas, e sim as complementam. Quando os executivos conseguem orquestrar todos os elementos, o resultado pode ser uma rica sinergia entre o conhecimento dos profissionais com a precisão, rapidez e abrangência dos algoritmos.

    Integrando decisão de negócios às tecnologias de automação

    Para impulsionar o crescimento sustentável, os executivos precisam ser capazes de tomar decisões no mesmo compasso do ritmo operacional da organização. Segundo 38% dos líderes de TI, as decisões ficam mais lentas quando os processos de gerenciamento de dados são inadequados. O avanço das tecnologias de automação facilitaram o desafio.

    Até porque se pessoas, tecnologias ou processos forem separados em silos emerge disso uma visão deturpada das demandas que prejudica a resposta rápida na mitigação de riscos. Com ferramentas digitais, as informações captadas e analisadas em tempo real oferecem um diagnóstico preciso aos envolvidos na operação.

    Quando a automatização suporta a tomada de decisões, a equipe ganha tempo precioso para focar em demandas que exijam habilidades cognitivas e esforços além dos utilizados para tarefas repetitivas.

    Gestores também se beneficiam com as ferramentas digitais porque falham menos e podem se concentrar nas funções estratégicas em vez de retrabalhos e refações. Em outras palavras, o processo de integração reduz custos operacionais e libera os profissionais para se focarem no core business, ao passo que os dados fornecidos ajudam a manter os negócios em alto nível.

    Como tornar as decisões confiáveis com plataformas inteligentes

    Até hoje o mais comum nas empresas é o processo de decisão depender do “instinto” ou do feeling das lideranças. Sem prejuízo desses skills valiosos, pesquisas confirmam que negócios em que dados se sobrepõem à experiência ou instinto tendem a ser 19 vezes mais rentáveis. Toda organização precisa encarar o processo como recurso central, sob risco de ficar à deriva, sem conseguir acompanhar o passo do mercado, a percepção dos clientes e o comportamento geral da sociedade.

    Na era em que a inteligência é artificial, surge uma nova disciplina: a inteligência de dados, ou DI, em inglês, a capacidade de transformar informações em ações efetivas em qualquer escala. E por decisão aqui entenda-se aquele ponto de não retorno, ou seja, o dinheiro foi alocado para determinado setor da empresa.

    No Brasil, atualmente, existem poucas plataformas com motor de decisão ancorado em dados para gerenciar riscos de crédito, da cadeia de suprimentos ou de terceiros, adaptadas às particularidades das empresas na América Latina.

    A Adeste, empresa de soluções tecnológicas para o setor de alimentação e saúde B2B, produz para exportação e recorreu à nossa plataforma por conta de dificuldades de validar a situação financeira de seus clientes lá fora para fechar bons negócios e ter acesso às oportunidades certas.

    E essas decisões, geralmente tomadas pelos CFOs das organizações, afetam toda a cadeia de produção e vendas, podendo, inclusive, impactar a reputação da marca, o crescimento e a rentabilidade da empresa, de forma positiva se estabelecidas relações sustentáveis entre cliente e fornecedores, baseadas na confiança trazida por dados sólidos. Isso é uma tremenda vantagem competitiva.

    Portanto, uma plataforma de business decisioning não se limita a funcionar como estratégia de proteção do negócio, mas uma ação proativa para mitigação de riscos, aumento de rentabilidade e promoção de crescimento sustentável no médio e longo prazos.

    *Por Ari Cohen, Co-founder & CMO da CIAL Dun Bradstreet.