Menu
  • Discursos vazios, esforços esporádicos e superficiais não são mais suficientes para atestar a autenticidade do compromisso sustentável de uma empresa. Stakeholders agora reivindicam ações tangíveis e dados acionáveis, capazes de comunicar com clareza a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) seguida pelas organizações.

    A urgência dessas ações é mais necessária do que nunca. Neste segundo semestre de 2023, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) registrou a temperatura média recorde na história das medições no planeta Terra.

     O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirma que o mundo ultrapassou o nível de aquecimento, atingindo o estado de “ebulição global”. 

    Para além dos desastres naturais, a agenda ESG também vem causando ebulição no mundo corporativo.

    Exemplos recentes demonstram que riscos ambientais, sociais e de governança ainda correm escondidos nos portfólios de grandes empresas, causando ainda mais estragos financeiros e de reputação à medida que cenários apocalípticos se aproximam da realidade.

    Podemos citar casos dos últimos meses, como o da AT&T, cujas ações despencaram em meio a relatos de que seus cabos continham chumbo tóxico e as perdas das ações da TUI depois que muitos dos destinos turísticos da empresa foram devastados por incêndios.

    Os analistas apontam uma dificuldade do mercado em classificar, quantificar e precificar os riscos relacionados à sustentabilidade, assim como em metrificar as ações das empresas nesse sentido diante de tantas métricas e indicadores diferentes, com ênfases e graus de complexidade distintos. 

    Embora a ausência de uma definição uniforme e absoluta, o Brasil conta com diversas normas específicas regulando os mais diversos aspectos ambientais e sociais dos critérios ESG, através de certificações de sustentabilidade que se tornam medidas confiáveis do desempenho ecofriendly de uma empresa.

    As certificações de sustentabilidade

    Também chamadas de “selos verdes” ou “selos ambientais”, as certificações sustentáveis foram criadas para medir o grau de sustentabilidade e impacto social das empresas, ajudando o consumidor em sua decisão de compra. 

    Ao obter a certificação, a organização atende a legislação ambiental, assegura as políticas ambientais praticadas, demonstra comprometimento com práticas sustentáveis e ganha o reconhecimento da comunidade.

    As avaliações passam por categorias como pegada de carbono, eficiência energética, redução de resíduos, gestão da água, produção de alimentos orgânicos e veganos, taxas de reciclagem e outras.

    Conheça algumas das certificações ambientais mais comuns no Brasil:

    • ISO 14001: norma que estabelece as regras para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas empresas.
    • Selo FSC: sistema de certificação para o controle de práticas florestais, atestando que a madeira bruta, lenha, móveis e papéis foram produzidos de maneira sustentável desde sua extração até sua venda.
    • Rótulo Ecológico da ABNT: comprova que o produto rotulado causa menos danos ambientais do que aqueles que não possuem o selo.
    • Selo IAS (Índice de Ações Sustentáveis): conecta crédito mais justo e transparente como incentivo a práticas sustentáveis.
    • RenovaBio: política para impulsionar o crescimento do uso de combustíveis renováveis – uma demanda que tem se intensificado muito nos últimos anos.
    • LEED (Leadership in Energy and Environmental Design): direcionada ao setor da construção civil, certifica as edificações que minimizam os impactos ambientais tanto na fase de construção quanto na de uso.

    Essas práticas sustentáveis vão desde a aquisição consciente da matéria prima até a disposição final ambientalmente correta dos resíduos gerados, tornando o monitoramento da logística e da cadeia de suprimentos fundamental no sucesso do reconhecimento ambiental das empresas.

    A era da gestão ESG de fornecedores

    Em 2018, um produtor de café certificado com selo de qualidade tanto da Nespresso quanto da Starbucks foi flagrado usando trabalho análogo à escravidão em sua fazenda. Esse único produtor foi o bastante para envolver e manchar a imagem das duas multinacionais na ‘lista suja’ do trabalho escravo.

    O fato é que a gestão de compras e fornecedores se tornou uma área estratégica dentro da empresa, não apenas para equilibrar as contas dos serviços prestados por terceiros, mas também para proteger a empresa de riscos.

    Nunca foi tão importante ter o controle de todos os níveis da cadeia e a adoção de critérios ESG na escolha dos terceirizados está nas diretrizes de diversas certificações, que garantem um produto limpo do começo ao final de seu processo de produção.

    Mas, se mesmo grandes empresas estão sujeitas aos riscos, como blindar o pequeno e médio negócio? Sem ferramentas integradas e automatizadas de I-SRM – gestão de relacionamento com fornecedores inteligente – dificilmente os responsáveis pela área de compras de empresas de qualquer porte, conseguirão mitigar com sucesso os riscos ESG e analisar métricas que mensurem as compras mais adequadas ambientalmente.

    Entre as poucas plataformas realmente inteligentes que existem atualmente no mercado de suplly chain, as que garantem maior segurança são as que possuem o maior nível de adaptabilidade ou flexibilidade do software para se adaptar às necessidades de diferentes empresas.

    Elas conseguem fornecer uma análise ESG de fornecedores mais robusta, que permite à empresa atualizar ramificações e condições no fluxo conforme a necessidade, se adequando de acordo com as operações e mudanças pelas quais passa e mantendo-se em dia com novas demandas do mercado e das regulamentações.

    Para que surpresas como a da Nespresso e Starbucks não ocorram com elas.

    O valor agregado da sustentabilidade

    A adaptação dos processos para se encaixar nas certificações de sustentabilidade não possui só o retorno reputacional para as empresas – mas as finanças também agradecem os esforços sustentáveis.

    De acordo com uma pesquisa realizada pela Iseal Alliance, o valor agregado da sustentabilidade pode ser notado nas vendas (98% das empresas que adotaram rotinas sustentáveis relataram benefícios relacionados a vendas e marketing), nos custos mais baixos (30%), no aumento da produção (30%) e na lucratividade (53%).

    Economia de água, energia, combustível, reutilização de resíduos, potencialização de parcerias de negócios e de novos clientes, são algumas das principais vantagens financeiras que uma empresa ganha com a certificação verde.

    Outro estudo conduzido pela Oxford University e a Arabesque Partners, ainda indica que a evolução do preço das ações das empresas é influenciada positivamente por boas práticas na área de sustentabilidade.

    Não faltam benefícios para sua empresa buscar os selos ambientais. Na adaptação dos processos da sua cadeia produtiva conte com as ferramentas inteligentes da CIAL com plataformas inteligentes que permitam que a empresa gerencie suas operações com base em dados seguros mantendo-se em dia com novas demandas do mercado e das regulamentações.